http://www.publico.pt/Sociedade/exadministrador-do-supremo-tribunal-de-justica-condenado-a-nove-anos-de-cadeia-1572585
Nove anos de prisão efectiva. Foi esta a pena aplicada esta quinta-feira
a um ex-administrador do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Ricardo
Campos e Cunha, no acórdão lido no Campus da Justiça de Lisboa.
Campos e Cunha, que desempenhou as funções de administrador do STJ entre
Junho de 2002 e Abril de 2006, era acusado de peculato e falsificação
de documentos. Dois cúmplices seus nos crimes foram condenados a penas
suspensas, enquanto vários comerciantes a quem comprou objectos de
decoração para o Supremo foram todos absolvidos. Além de Campos e Cunha,
o processo tinha um total de 11 arguidos.
O tribunal condenou ainda o principal arguido no processo a pagar cerca de 200 mil euros ao Estado português.
À
saída do tribunal, Campos e Cunha arrancou o microfone à jornalista da
TVI destacada para acompanhar o caso, atirando-o para o chão e
recusando-se a prestar quaisquer declarações. O seu advogado põe a
hipótese de recorrer da sentença.
Enquanto desempenhou funções
no STJ, o ex-administrador e chefe de gabinete do presidente do Supremo
comprou numerosos objectos de decoração e de ourivesaria para o
tribunal, apropriando-se de grande parte deles. Segundo a acusação, terá
obtido proveitos em benefício próprio na ordem dos 344 mil euros
através da aquisição de bens.
Depois de deixar o cargo no STJ,
Campos e Cunha desempenhou ainda funções como chefe de gabinete do
representante da República na Região Autónoma dos Açores.
Notícia actualizada às 13h46
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